Como realizar a triagem de risco e a avaliação em nutrição de idosos de forma eficiente?

A avaliação em nutrição de idosos é um conhecimento indispensável para nutricionistas.

Veja bem, durante esse período da vida o corpo sofre alterações, sendo, muitas vezes, difícil distinguir quais são normais e naturais do envelhecimento das que são decorrentes de problemas ou representam riscos.

É preciso lembrar que cada fase de um idoso apresenta variações nutricionais, as características fisiológicas são distintas para os de 60 anos e para os de 90.

Sem falar nas questões psicológicas, situações de saúde, trabalho e condição socioeconômica, que variam. Além disso, há a predisposição que essa faixa etária apresenta para problemas de saúde, como câncer e diabetes.

Não há dúvidas de que essa é uma fase delicada e que merece bastante cuidado para garantir o bem-estar. Quer saber mais a respeito do assunto? Então continue acompanhando!

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Quais as necessidades especiais nutricionais do paciente idoso?

Apesar de ser essencial ter um ótimo estado nutricional em todas as fases da vida, os idosos apresentam necessidades diferentes devido à idade e a algumas alterações que ocorrem no organismo.

Eles apresentam maior risco de doenças cardiovasculares e diabetes, bem como dificuldades na alimentação decorrentes de alterações no paladar.

As necessidades nutricionais exigem muito mais cuidado para serem sanadas, além da atenção para não deixar a perda natural de massa muscular e peso mascarar uma desnutrição, por exemplo.

Dentre os problemas que afetam os idosos, a desnutrição é um dos que mais gera riscos de mortalidade e morbidade.

O risco está presente tanto na comunidade em geral, quanto nos hospitalizados e de longa permanência em asilos.

Geralmente, esses casos acompanham sintomas que devem ser investigados, tais como a perda não intencional de peso, diminuição de apetite, inatividade física, depressão, deficiências de vitaminas e minerais.

Quais são os principais desafios nutricionais dessa idade?

O processo anterior ao diagnóstico em nutrição, ou seja, a parte de avaliação, é um dos maiores desafios na nutrição de idosos.

Afinal, a mudança de idade altera parâmetros físicos, bioquímicos, hematológicos e antropométricos.

Essa faixa etária também complica o preparo e consumo de alimentos nutritivos, facilita deficiências (devido ao uso de medicamento) e tem a influência de doenças crônicas.

Por isso, é indispensável analisar profundamente o estado nutricional do indivíduo para oferecer a intervenção e acompanhamento do caso.

Como o nutricionista deve fazer a avaliação em nutrição?

Para todo o processo de avaliação dos idosos há procedimentos e ferramentas indicadas.

Por exemplo, a triagem, apesar de não ser obrigatória, é altamente recomendada para apontar quando um indivíduo deve ser encaminhado para avaliação em nutrição e intervenção.

A partir disso são aplicadas ferramentas para examinar o caso. Contudo há algumas limitações para a avaliação em nutrição de idosos, uma vez que muitas não são adaptadas corretamente.

É importante estar atento a isso, afinal, dados confiáveis e embasados são de extrema importância para o diagnóstico e intervenção. Veja mais a seguir!

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História alimentar

A história alimentar é de grande relevância para que o nutricionista entenda como tem sido a relação do idoso com a alimentação.

Caso o cliente não saiba informá-lo, vale perguntar para familiares e cuidadores.

É importante que esse processo inclua uma averiguação das condições nutricionais, coleta de dados sobre mudanças de peso, apetite, dificuldades na alimentação, nível físico e neurológico, sintomas gastrointestinais, alergias alimentares e particularidades metabólicas.

As fezes devem ser especificadas para auxiliar na identificação de problemas. Detalhes como a frequência de evacuações, consistência e alterações recentes devem ser anotados.

Outro aspecto importante a ser avaliado é atividade física.

Qual o padrão dela?

Há quanto tempo o indivíduo está sedentário?

Se pratica exercícios, qual a intensidade, frequência e duração deles?

Todas esses dados são de extrema relevância para analisar o estado de saúde.

Para entender ainda melhor essa relação de alimentação, colete informações como preferências alimentares, tipos de preparação, ingestão líquida, via de administração dos alimentos, utilização de suplementos, dietas prévias, restrições, entre outros.

Exame físico nutricional

O exame físico nutricional, além de detectar e avaliar anormalidades causadas por uma alimentação inadequada, também auxilia a determinar a necessidade de outras ferramentas de avaliação.

É preciso ter cuidado, uma vez que o exame deve ser adaptado para idade e avaliado detalhadamente.

Por exemplo, sinais como descuido na higiene podem tanto significar uma depressão quanto um desleixo do cuidador.

Medidas antropométricas

As medidas antropométricas são ferramentas de grande limitação para avaliação e acompanhamento dos idosos.

Veja bem, nesse período da vida há grande variação na composição corporal, que modifica os tecidos, reduz a elasticidade da pele, entre outros aspectos.

Tudo isso por sí só já dificulta a compreensão dos dados.

Porém o uso dessa ferramenta se torna ainda mais limitado, uma vez que os valores de referência usam como parâmetro indivíduos jovens e uma amostra da população saudável.

Dessa forma, falta um ajuste das referências para que se adequem às mudanças que ocorrem durante essa faixa etária, a fim de que esse seja um procedimento de relevância na avaliação.

Dados bioquímicos

Apesar de os testes laboratoriais, como amostras de urina e sangue, poderem ser utilizados no monitoramento do estado nutricional, eles apresentam limitações também.

Afinal, os dados de referência nem sempre são adequados, podendo levar a interpretações incorretas.

A normalidade é um padrão que varia bastante.

Além disso, os resultados dos exames podem ser afetados por questões como doenças, uso de medicamentos, estado de hidratação, entre outras.

Instrumentos integrados

É indicado o uso instrumentos integrados como Avaliação Subjetiva Global (Subjective Global Assessment – SGA), Mini Avaliação Nutricional (MAN) e Índice Geriátrico de Risco Nutricional (Geriatric Nutritional Risk Index – GNRI) durante esse processo, pois foram desenvolvidos e testados para essas situações.

Por que realizar cursos de capacitação para avaliação em nutrição e atendimento de clientes idosos?

É inegável que é preciso certo conhecimento para identificar o que é um estado de saúde normal para cada faixa etária de um idoso e não confundir os sinais de desnutrição com os que são naturais desse momento.

Por ser um momento mais delicado, é indispensável que o profissional se capacite de forma que possa atender esses clientes sem colocá-los em risco e oferecer o tratamento adequado.

Sendo assim, não deixe de buscar conhecimento na área de triagem de risco e avaliação em nutrição de idosos, entre outras que sejam adequadas para casos de faixas etárias variadas.

Ao dar maior atenção para isso, você conseguirá estar muito mais preparado para atender e poderá se tornar um profissional de referência no seu mercado de atuação!

Este artigo ajudou a se aprofundar mais no assunto?

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