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Prescrição por Privilégio: Bases para impulsionar a profissão

Como nutricionista, você já pensou na possibilidade de realizar treinamentos e receber autorização legal para executar certas tarefas não tradicionais à sua profissão?

Pois saiba que com a prescrição por privilégio isso é possível. A ferramenta permite mais flexibilidade no ambiente hospitalar e mais eficiência no cuidado dos pacientes, respeitando a legislação e o escopo da prática.

E nesse artigo, o meu objetivo é apresentar a você as bases da Prescrição por Privilégio, e te mostrar como isso vai ajudar a impulsionar consideravelmente a sua carreira profissional.

Prescrição por Privilégio e como impulsionar a carreira profissional

Como você sabe, na rotina hospitalar os nutricionistas gastam muito tempo buscando contato com médicos para solicitar mudanças na dieta.

Você concorda que esse tempo perdido poderia ser usado para cuidar dos pacientes e melhorar a qualidade do atendimento?

Para começar, vamos relembrar as vias de nutrição, que são a oral, por sonda e a parenteral. Agora pense: como seria se você pudesse prescrever qualquer um desses tipos de nutrição, incluindo a parenteral, de forma autônoma?

Como seria se você pudesse inserir sondas nasogástricas ou nasoenterais, solicitar exames laboratoriais, conduzir triagem de deglutição e, até mesmo, prescrever medicamentos, como a insulina?

Acha que a possibilidade poderia aumentar a sua motivação para novos estudos e aquisição de novas competências?

Acha que tornaria o seu trabalho mais rápido e eficiente?

Pois saiba que em maio de 2014, depois de décadas de discussão, o Medicare e o Medicaid dos EUA, que equivale ao SUS de nosso país, aprovaram a regra que dá aos profissionais da saúde o direito de solicitar autorização para executar tarefas não tradicionais de forma independente da prescrição médica.

Na prática privada ou em instituições comunitárias, os nutricionistas já têm autonomia completa.

Porém, em instituições de saúde, como hospitais, há necessidade de autorização. Essa autorização é chamada de “prescrição por privilégio”, “privilégio profissional ou clínico”, “privilégios para prescrição” ou “autoridade prescritiva”.

Esse regulamento existe também em vários outros países, além dos EUA.

Como Funciona?

Nos EUA é assim: cada estado, que naquele país tem legislação independente, define os níveis de autonomia dos profissionais.

Também é necessária a licença estadual (que equivale ao nosso Conselho Regional da classe) e o registro na academia ou associação profissional.

A partir disso, o interessado deve apresentar comprovação de educação, treinamento, experiência, julgamento e competência de atribuições específicas que considera que pode assumir em sua instituição de trabalho.

A instituição avalia, de acordo com critérios pré-definidos, e se o profissional alcançar os requisitos, ele recebe a autorização.

Esta reconhece a autoridade a partir da competência, de forma autônoma e de acordo com o escopo aprimorado de prática.

Para auxiliar as instituições, várias associações e sociedades, como a American Society of Parenteral and Enteral (ASPEN), têm se mobilizado na definição de critérios para prescrições especificas, como de nutrição parenteral.

A prescrição por privilégio é concedida individualmente. Além disso, os privilégios podem não ser iguais entre profissionais.

Por exemplo, um pode ter autorização para prescrever nutrição parenteral, mas pode não ter para prescrever ou ajustar doses de insulina.

Aquele profissional que não tem a autorização terá que continuar fornecendo recomendações e dependendo das prescrições médicas.

Em suma, para a prescrição por privilégio há necessidade de conhecimento e habilidades específicas na área de foco.

Os benefícios incluem a autonomia, a segurança no trabalho, o estímulo à busca contínua de novas habilidades, a melhoria da paridade com outros profissionais e o ressarcimento financeiro.

Portanto, não há dúvidas que a prescrição por privilégio pode ajudar a prover serviços custo-efetivos, baseados em evidência e de forma rápida e eficiente.

Conclusão

Agora, quero saber a sua opinião. O que você acha? Aqui no Brasil, que caminhos você acha que deveríamos percorrer para conquistar a prescrição por privilégio?

Escreva no campo de comentários logo aqui abaixo. E vamos conversar a respeito.

E também compartilhe o artigo nas redes sociais para seus amigos, e vamos todos fazer uma discussão!

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