A avaliação em nutrição é a principal responsável por prover ao nutricionista uma real ideia sobre o estado nutricional de um cliente.
Para poder aplicá-la e ter resultados mais precisos, o uso de instrumentos integrados e índices prognósticos é essencial — afinal, estamos falando de duas das metodologias mais relevantes no assunto.Mas como elas funcionam?
Avaliação em nutrição Pensando em esclarecer os pontos a respeito, preparamos este artigo para que você conheça mais detalhadamente o que são esses instrumentos e índices, bem como sua utilidade, importância e muito mais. Confira!
O que são os instrumentos integrados e os índices prognósticos?
Os instrumentos integrados são questionários desenvolvidos com o intuito de facilitar e padronizar a procura por problemas nutricionais, especialmente no que diz respeito à nutrição hospitalar.
A palavra integrado é empregada, pois mais de uma metodologia de avaliação é utilizada no processo diagnóstico.
Isso significa que há uma combinação de diferentes marcadores nutricionais, dos subjetivos (que são estabelecidos de acordo com o histórico nutricional) àqueles que são baseados em medidas antropométricas e exames laboratoriais.
Por sua vez, os índices prognósticos são instrumentos geralmente usados em unidades de terapia intensiva, tendo o objetivo de ajudar na prática clínica e gerenciamento de cuidado.
Consequentemente, há uma atuação científico-tecnológica mais concisa, contribuindo assim para o tratamento dos indivíduos em estados mais críticos no que diz respeito à nutrição.
Qual a utilidade dessas ferramentas na nutrição?
No caso dos instrumentos integrados, a utilidade deles está ligada à maior precisão que oferecem na hora de prover o diagnóstico em nutrição de um determinado indivíduo. Para isso, dois instrumentos são bons exemplos.
A MAN (mini avaliação nutricional) é um instrumento rápido, econômico e nada invasivo.
Ele é indicado para uso em instituições de saúde e casas de repouso para idosos, dividindo a sua aplicação em duas partes.
A primeira consiste em uma triagem que auxilia na identificação do risco de desnutrição, basicamente por meio de um questionário que inclui seis perguntas.
No entanto, existe também a aplicação integral, que permite a avaliação nutricional como um todo.
Nesse grupo, podemos incluir também a SGA, que é a avaliação subjetiva global. O questionário é baseado em parâmetros históricos e físicos nutricionais de uma pessoa.
Ele ajuda na identificação de desnutridos, que têm a tendência para o aumento de risco de complicação do quadro, com foco no julgamento clínico global.
O índice prognóstico também tem as suas variações. Entre elas está o PINI, que avalia o risco de mortalidade do cliente por meio da avaliação da atividade inflamatória relacionada ao estado nutricional.
Quando uma pessoa tem uma doença gástrica, como um câncer no sistema digestivo, essa é uma ferramenta que pode ser aplicada, devido a elevada probabilidade de desnutrição.
No entanto, existem outras opções que variam conforme a demanda do cliente. É, portanto, essencial estar atento para fazer a aplicação correta.
Qual a importância de utilizá-las?
Tanto os instrumentos integrados quanto os índices prognósticos são métodos que determinarão a conduta do profissional de acordo com cada caso clínico.
Isso permite não só aplicar o tratamento de acordo com a especificidade de cada cliente, mas também leva em consideração as suas preferências alimentares, bem como a disponibilidade de serviço em determinada unidade de tratamento.
Como se sabe, a avaliação em nutrição é um assunto abrangente, cujas ferramentas selecionadas devem ser acuradas e sensíveis às aplicações.
Caso haja qualquer modificação no estado nutricional de um indivíduo, é a avaliação que apontará.
No entanto, nenhum método utilizado de maneira individual se mostrou completamente eficaz, daí a importância dos instrumentos integrados e índices prognósticos em conjunto.
Além do mais, é obrigação do nutricionista conhecer os diferentes instrumentos para saber sobre a sua aplicabilidade nos diversos campos de atuação, seja ele científico, ambulatorial ou qualquer outro.
Quais os benefícios?
Mas, afinal, quais as vantagens de aplicação de diferentes metodologias para avaliar a condição nutricional de um cliente? Confira a seguir algumas das principais razões.
Ampliação do conhecimento
Suponhamos que você procure um curso que o ajude a adquirir conhecimento sobre instrumentos integrados e índices prognósticos de avaliação em nutrição.
Dependendo da grade curricular, você obterá uma visão ampla sobre os diferentes instrumentos integrados usados, como MAN, SGA, MCCS e SGNA.
Além disso, terá a base para o conhecimento sobre os índices de prognóstico, como PINI, OPNI, INI e GNRI.
Por isso, saber sobre todas essas ferramentas ajuda não apenas na precisão das avaliações, mas também na validação dos tratamentos propostos pelo nutricionista.
Prescrição dietética
O conhecimento sobre ambas as metodologias também permite a simulação de estudos de caso, o que leva à resolução de problemas na prática clínica nutricional.
Aliás, é por meio deles que o sistema de equivalentes poderá ser utilizado. Tal sistema ajuda na elaboração de dieta para indivíduos que precisam de um controle de ingestão energético e manter o equilíbrio de determinados nutrientes.
A ideia é recuperar e manter a saúde do indivíduo, proporcionando uma prescrição dietética mais precisa e que contribuirá para a melhora do estado da pessoa.
Tratamento apurado
Quando se fala em um tratamento nutricional, existem diversas questões intrínsecas e pontos críticos que dificultam o sucesso, como as especificidades de cada pessoa.
Portanto, é praticamente impossível alcançar objetivos sem contar com um processo de qualidade na avaliação.
A partir do momento em que falamos sobre clientes críticos, ou seja, que se encontram debilitados, as práticas de nutrição precisam estar alicerçadas em critérios de qualidade, como é o caso dos instrumentos integrados e índices prognósticos.
Ter como base mais de uma marcação ajuda na maior precisão do quadro do indivíduo, mas também traz maior confiabilidade quanto ao que precisa ser feito pelo nutricionista.
A avaliação em nutrição é um importante processo do cotidiano do nutricionista.
Por esse motivo, o conhecimento sobre instrumentos integrados e índices prognósticos se faz essencial, o que demanda uma qualificação profissional completa e apurada.
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