Sabia que até 50% dos pacientes em unidades de terapia intensiva desenvolvem a Injúria Renal Aguda (IRA)?
Condição frequente de pacientes hospitalizados, particularmente daqueles graves, a doença, apesar dos avanços, ainda tem uma taxa de mortalidade elevada.
Essas são apenas algumas das particularidades da IRA. Quer se aprofundar ainda mais no assunto e entender como é possível fazer a devida intervenção em nutrição?
Continue a leitura!
O que é Injúria Renal Aguda?
A injúria renal aguda (IRA) nada mais é do que uma síndrome caracterizada pelo declínio rápido e repentino da função renal, com acúmulo de metabólitos, toxinas e medicamentos no sangue.
Também há alteração nas funções intrínsecas dos rins e o espectro de sintomas e eventos é muito amplo e variável.
Por exemplo, pode ocorrer anúria — ausência da produção de urina —, mas também volume urinário elevado.
O termo deixa claro que há uma lesão que se iniciou antes da perda suficiente de função renal excretora, que pode ser avaliada com exames e testes laboratoriais.
Quais as causas da Injúria Renal Aguda?
Antes de destacar os principais fatores que desencadeiam a síndrome, é preciso entender que existem três tipos de injuria renal aguda:
- IRA pré-renal;
- IRA intrínseca;
- IRA pós-renal.
Como cada uma varia de acordo com seu mecanismo fisiopatológico, elas podem ter causas distintas.
A IRA pré-renal, por exemplo, ocorre, normalmente, devido a perdas gastrointestinais: como vômito e diarreia.
Desidratação e hipovolemia, que é caracterizada pela redução anormal do volume do sangue do indivíduo, também são causas recorrentes.
Já no que diz respeito à IRA intrínseca, as doenças parenquimatosas são as principais causas associadas. Enquanto na IRA pós-renal, o principal motivador é a obstrução aguda do trato urinário.
Qual a importância da intervenção nutricional?
Como os pacientes com IRA representam um grupo extremamente heterogêneo, têm necessidades específicas de nutrientes.
A IRA pode ocorrer em situações não hipercatabólicas, como picada de cobra ou de insetos, obstrução do trato urinário, uso de contraste radiológico ou por drogas nefrotóxicas.
Contudo, também pode ser consequência de uma enfermidade de base grave, como grandes queimaduras, cirurgias complicadas, septicemia ou choque cardiogênico.
Não à toa, as necessidades de nutrientes variam de acordo com o tempo, assim como a fase da doença de base e também da própria IRA.
Portanto, as existe uma diferença significativa entre cada pessoa — ou até mesmo de um dia para outro, num mesmo indivíduo.
Outro ponto importante é que as pessoas que não conseguem manter uma alimentação apropriada, tornam-se catabólicas em virtude da perda excessiva de massa proteica. Isso resulta em um aumento da morbimortalidade.
É diante desses cenários que o nutricionista se faz essencial para lidar com a doença, uma vez que ele desenvolverá uma dieta adequada para cada caso.
Em relação à alimentação, qual o tratamento?
O tratamento da IRA depende da sua causa. Por exemplo, se o motivo principal é a obstrução, pode-se realizar a colocação de um cateter ou ainda ser necessária a realização de endoscopia ou cirurgia para aliviar o bloqueio.
No mais, é preciso tomar algumas atitudes ligadas à alimentação a fim de evitar que a diminuição da função renal gere um quadro ainda mais grave.
É recomendado, por exemplo, a restrição de líquidos, sódio, fósforo e potássio na dieta.
Em relação às vitaminas, não há estudos controlados que definam as necessidades dos indivíduos com IRA. Extrapolando o caso renal crônico, a vitamina A, se suplementada, deve ser cuidadosamente monitorada, devido ao risco de toxicidade.
Vale frisar que o excesso de suplementação de vitamina C pode aumentar o risco de oxalose secundária.
Portanto, até que mais estudos sejam realizados, a recomendação para a vitamina C é de 60 a 100 mg/dia.
As demais vitaminas hidrossolúveis são recomendadas de acordo com as Dietary Recommended Intakes (DRIs).
O cálcio e o magnésio podem precisar de suplementação, segundo o monitoramento sérico.
Em caso de terapia de reposição renal contínua, é recomendado pelo menos o dobro da DRI para o zinco, cobre, selênio e tiamina.
A recomendação hídrica depende, principalmente, da fase da IRA e da presença de perdas, que podem ocorrer com a ultrafiltração contínua, diarreia, vômitos, drenos e fístulas.
Em caso de anúria ou oligúria, a recomendação hídrica é de 500 a 750mL, mais o volume de diurese.
Essas são apenas algumas das nuances referentes à nutrição para o tratamento da IRA.
Como já dito, cada caso exige um procedimento distinto.Inclusive, há situações que necessitam até mesmo da realização de diálise.
Por que se especializar nessa área?
Clientes com enfermidade nos rins precisam de um cuidado em nutrição bem complexo, uma vez que as quantidades de nutrientes, energia e líquido variam de acordo com a doença, fase ou tratamento e, claro, com a individualidade da pessoa.
Nesse contexto, é importante que o profissional responsável tenha experiência e conhecimento especializado na área.
Em outras palavras, as intervenções em nutrição exigem preparo e, acima de tudo, sabedoria para aplicar técnicas e estratégias eficazes.
E somente uma especialização é capaz de proporcionar a devida bagagem para que o nutricionista realize com sucesso o tratamento.
Quais os benefícios de uma pós-graduação em nutrição de pessoas com enfermidades renais?
No curso de pós-graduação, o profissional aprenderá — na teoria e na prática — as vertentes das doenças renais, ficando apto a fornecer um serviço de qualidade.
No decorrer do curso, ele terá conhecimento, por exemplo, sobre as bases da anatomia e fisiopatologia das enfermidades renais e também as modalidades de tratamento dialítico e transplante.
Outro ponto destacado na especialização são as categorias e instrumentos de triagem e de avaliação em nutrição — geral e do paciente com enfermidade renal. E não para por aí.
O curso aborda, na íntegra, a intervenção em nutrição necessária para diversas enfermidades renais, como:
- Estágio não dialítico da doença renal crônica
- hemodiálise e diálise peritoneal
- Transplante renal
- doença renal aguda;
- síndrome nefrótica;
- injúria renal;
- litíase do trato urinário; entre outras.
Ainda é importante ressaltar que na especialização são discutidas problematizações, estudos de casos e simulações capazes de aprimorar a capacidade do nutricionista de questionar e analisar de forma racional e inteligente.
Essa característica torna o trabalho do profissional mais efetivo e simples, em uma área que é marcada pelo alto nível de complexidade.
Por que escolher o Instituto Cristina Martins?
O Instituto Cristina Martins conta com uma metodologia de ensino diferenciada, em que o estudante é o agente ativo da aprendizagem.
Nesse contexto, os alunos seguem um trajeto de conhecimento que consiste na leitura do material e no trabalho paralelo ao conteúdo.
Isso sem falar das atividades de prática, baseadas em telas interativas que reúnem e dirigem o estudo dos textos aplicados.
Acredite, uma especialização na área vai tornar você um profissional ainda mais gabaritado, deixando-o à frente dos demais nutricionistas.
Além do mais, a pós-graduação transmitirá mais segurança aos seus clientes assim como permitirá que você atenda um público específico, que carece de cuidados especiais e complexos.
Gostou de aprender sobre a intervenção nutricional na Injúria Renal Aguda e quer saber mais sobre os cursos de pós-graduação do Instituto Cristina Martins?
Confira, então, a nossa proposta de pós graduação em nutrição de pacientes com enfermidades renais!