Definir criteriosamente o preço de consulta é parte da estratégia de carreira para nutricionistas.
Embora preste serviços ligados à saúde, o profissional deve se pautar por métodos de mercado ao definir o quanto vai cobrar pelo seu atendimento.
Nesse aspecto, precificar de forma equilibrada é fundamental. Buscar informações e orientações referente na hora de formar o preço é importante.
Clientes que precisam de apoio nutricional, embora tenham necessidades específicas, também observam os preços para decidir.
O desafio é chegar a valores que sejam competitivos, ou seja, que atraiam clientes e que gerem o excedente necessário para garantir a sua subsistência.
Quer saber como definir o preço ideal de consulta?
Continue a leitura!
Defina antecipadamente seus custos
Manter um consultório exige atenção constante aos custos que se renovam periodicamente.
Esses custos, por sua vez, podem ser categorizados em fixos e variáveis. E o que isso significa?
Por custo fixo você deve considerar todo aquele que não varia em um dado período de tempo ou que se mantenha estável em longo prazo.
Alguns exemplos de custos fixos que você precisará mensurar são:
- contas de luz, água e internet;
- salários e encargos trabalhistas;
- aluguéis;
- impostos e tributos;
- materiais para atendimento e de escritório.
Já os custos variáveis são todos os que aumentam ou diminuem em função do aumento na produção.
Vamos imaginar que seu consultório pretende atender mais clientes e, para isso, planeja uma campanha de marketing.
Os custos decorrentes dessa iniciativa estão ligados ao aumento na sua capacidade de atendimento, portanto, devem ser calculados como um custo variável.
O importante é que você insira todos esses custos em uma planilha ou software de gestão e calcule quanto do seu faturamento eles vão consumir por mês.
Calcule a sua margem de contribuição
A essa altura, é possível que você esteja se perguntando: como determinar um valor que pague pelos meus serviços?
Uma das possíveis respostas é você estipular um percentual, conforme seus custos, despesas e todas as receitas geradas pelo seu consultório.
Isso considerando que só você seja o responsável pela unidade, certo?
Se houver sócios, então o mais indicado seria definir valores a título de pró-labore.
Sendo assim, você pode tirar como referência para seus pagamentos a Margem de Contribuição (MC).
Seu cálculo obedece à seguinte fórmula: MC = Receitas – (Custos fixos + Custos Variáveis).
Supondo que um consultório teve custos fixos de R$ 40 mil, R$ 18 mil de custos variáveis e receita de R$ 90 mil, o resultado seria:
MC = 90 – (40 + 18)
MC = 90 – 58
MC = 32%
Nesse caso, a Margem de Contribuição, ou seja, tudo que sobra depois de custos fixos e variáveis pagos, é o que poderá ser reservado como pagamento.
Considere o perfil demográfico
Além dos cálculos para definir o preço de consulta em função de seus próprios custos, é preciso levar em consideração fatores externos.
Um deles, por exemplo, é o perfil demográfico da região em que seu consultório está localizado.
Se estiver em um bairro de classe média alta, por exemplo, você poderá precificar tendo em vista o maior poder aquisitivo dos moradores locais e do custo mais elevado que é atender nesse tipo de localidade.
Consulte a tabela da FNN
Outra referência que deve ser colocada na balança ao determinar o preço que você deverá cobrar em suas consultas é a tabela de honorários da Federação Nacional de Nutricionistas (FNN).
De acordo com o documento, esses valores são obrigatórios e mínimos, ou seja, você não poderá cobrar menos do que estiver determinado.
Portanto, ao estipular o valor da consulta, tenha a tabela da FNN como referencial, confrontando com seus custos, margem de contribuição e os fatores externos que influenciam nos valores cobrados.
Assim, você garante o retorno financeiro necessário e a satisfação dos seus clientes.
Ao definir o preço de consulta, tenha em vista sempre o equilíbrio: nunca cobre muito barato, para não desvalorizar seus serviços, e evite valores muito altos, para não afastar clientes.
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